quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Solita, solita

Este post vai sem foto por motivos que vou explicar no decorrer de apressadas linhas que cabem em 10 minutos de ciber café.

Viajar sozinha, nunca ouvi, disse, suspeitei que fosse fácil. Passar um mes sem um rosto conhecido por perto é cansativo. O silencio da solidao é pior quando o unico som familiar é a sua própria voz arranhando um espanhol macarronico.

Caracas é uma cidade muito movimentada. A pobreza grita pelas ruas, mas o povo é alegre e trabalhador. Todos os dias tem alguma manifestacao pelas ruas, e as pichacoes, cartazes e debates acalorados nao deixam dúvidas de que aqui a politica é assunto para qualquer lugar e ocasiao. Nao dá para ser indiferente.

Mas ser viajante solitária por estas bandas é muito mais complicado do que julgavam as minhas ingenuas deducoes. Sair de casa é nao ter a certeza de que tudo ficará bem até o fim do dia. O clima de insegurnca esta em todo canto, na bolsa agarrada ao corpo da mulher no metro, no passo apertado e no olhar sempre atento do trabalhador no caótico fim de dia no centro da cidade.

Por isso ainda nao deu para sacar a minha maquina e sair tirando fotos adoidado. Um pena, porque há coisas belissimas por aqui, comecando pelas montanhas que cercam a cidade, até os predios historicos e o Teatro Teresa Carreño, muito bonito.

Viajar sozinha as vezes pode ser duro, mas sempre compensa quando os propositos sao elevados. Estou tendo bons momentos, e ja comecei os contatos com o pessoal da musica do Sistema de Orquestras Nacionais Juvenis, tema do meu trabalho. Assim que puder, falo mais. Se tudo der certo, com algymas fotos.

Beijos a todos!

Um comentário:

Anônimo disse...

Tamo aqui, coisa. Desiste não. :) Iu! bjo!